Angra dos Reis

Localizada na região conhecida como Costa Verde, a 155 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, em meio a lendas e contos, a verdadeira história da cidade. 

Angra é um lugar mágico, daqueles onde a imaginação vai longe e nos convida a conhecer como tudo começou…

Quando o Brasil foi descoberto em 1500, os portugueses ficaram encantados com o que viram. Logo após, a coroa portuguesa enviou ao Brasil uma esquadra composta por três navios, para mapear e desbravar o litoral. O navegador Gaspar de Lemos, que comandava a esquadra vinda de Portugal, ficou extasiado naquele dia, que por coincidência era dia de Reis, 6 de janeiro de 1502. O português Américo Vespúcio, que fazia parte da tripulação, escreveu emocionado a Portugal, relatando as paisagens mágicas e quase surreais que presenciava ali.

Em meio a Mata Atlântica, oito baías, 365 ilhas e mais de 2.000 praias praticamente selvagens. A natureza exuberante era motivo pelos quais navios piratas eram vistos pelo litoral que, além de se deleitar com tanta beleza, abasteciam seus navios de água, lenha e provisões. Américo Vespúcio, escreveu a Portugal: “Algumas vezes me extasiei com os odores das árvores e das flores e com os sabores dessas frutas e raízes, tanto que pensava comigo estar perto do Paraíso Terrestre. E o que direi da quantidade de pássaros, das cores das suas plumagens e cantos, quantos são e de quanta beleza? Não quero me estender nisso, pois duvido que me dêem crédito”.

Habitada por índios e escravos, que viviam da caça, da pesca e de uma pequena lavoura, Angra foi colonizada pelos brancos apenas em 1556, onde se fixaram no local conhecido como Vila Velha, em frente a ilha da Gipóia. Foram os filhos do capitão-mor da Capitania de São Vicente que fizeram o local prosperar e, em 1608 foi nomeada de Vila dos Reis Magos da Ilha Grande.

Nesta época, como a maioria dos povoados brasileiros, Angra teve forte influência da Igreja Católica. Com o assassinato do pároco, em 1617, iniciou-se a construção da Nova Igreja Matriz terminada em 1750. Este fato é muito bem retratado pela quantidade de conventos, igrejas, monumentos e ermidas, inclusive nas ilhas, como a Ermida do Senhor do Bonfim, a Igreja de Santana e a Igrejinha da Piedade.

Alguns anos mais tarde Angra foi roteiro obrigatório para os exportadores de ouro que vinham de Minas Gerais e para escoar a produção do café do Vale do Paraíba, além de ter uma importante atividade canavieira. No final do século XIX, com o declínio da produção do café e o fim do tráfico de escravos, a cidade deixou de fazer parte do circuito para Minas e Vale do Paraíba.

Logo depois, a construção da Estrada de Ferro Pedro II, que ligava o Rio a São Paulo, não chegava até o Porto de Angra dos Reis, isolando-o de vez. Mas ainda neste século, houve uma retomada no crescimento econômico com a cultura da banana, a reativação do porto e a construção da ferrovia que ligava Angra à estrada ferroviária principal.

A construção do Estaleiro Verolme, na década de 50 e a instalação de um terminal de desembarque pela Petrobrás, impulsionaram o progresso local. Nos anos 70 as usinas atômicas Angra I e Angra II eram promessa de crescimento econômico, mas também se transformaram em polêmica, com o risco de acidentes e palco para protestos de moradores e ecologistas.

Com a inauguração da Estrada Rio-Santos, a cidade foi descoberta pelos turistas. Ao percorrer as ruas do Centro da cidade percebe-se lendas e fatos que permanecem até hoje arraigados na arquitetura de Angra. As igrejas foram preservadas, porém, sobraram poucas construções daquela época. Algumas das curiosidades são as ruas projetadas em curvas, seguindo o sentido dos ventos que sopram por lá. Informações importantes: o município de Angra dos reis tem área total: 819 km² sendo, 626 km² no continente e 193 km² nas Ilhas.

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Angra dos Reis
Rio de Janeiro, Brasil